Há diferenças entre a psicoterapia de crianças, adolescentes e adultos?

Psicoterapia

O atendimento de crianças e adolescentes possui características próprias, tornando-se diferente daquele que é oferecido aos adultos. O acompanhamento da família junto ao tratamento da criança e do adolescente torna-se necessário, visto que além de serem ainda dependentes de seus familiares e responsáveis, as relações estabelecidas influenciam diretamente no tratamento e no vínculo psicoterápico. Outra característica está relacionada a linguagem utilizada pelos adolescentes e pelas crianças. O adulto apresenta maior complexidade em sua comunicação verbal, algo que não ocorre com crianças e adolescente em um mesmo nível, por utilizarem outras formas de comunicação, esses não se restringem a expressão verbal.

A criança utiliza maior simbolismo, sendo que é por meio do brinquedo que seus conteúdos são manifestos. Já o adolescente, que se encontra em uma etapa transitória, na qual vivencia a transformação de seu corpo, de seu modo de pensar e de ver o mundo, utiliza, além da palavra, formas comunicativas pré e paraverbais, que se caracterizam pela expressão lúdica, gestos, vestimenta, atuações, entre outras (STÜRMER; CASTRO, 2009).

Dessa forma, entende-se que a psicoterapia de crianças e adolescentes diferem, não só da psicoterapia do adulto, mas também são diferentes entre si, pelas etapas do desenvolvimento em que se encontram e, consequentemente, na maneira como expressam o seu conteúdo latente. Assim, o manejo do atendimento será realizado de modo particular tanto na infância, quanto na adolescência e na adultez.

Referência:

STÜRMER, Anie; CASTRO, Maria da Graça Kern. A clínica com crianças e adolescentes: o processo psicoterápico. In: CASTRO, Maria da Graça Kern; STÜRMER, Anie. Crianças e adolescentes em psicoterapia. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 77.

 

 

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